Gostaria de compartilhar esta fábula (possivelmente bíblica), que ouvi quando criança. É uma destas coisas que ficam marcadas na memória, não se é capaz de lembrar a ocasião (ou sequer o nome de seu interlocutor), mas fica a idéia. Que possa marcar, também, a sua memória:
̶ Durante certo desentendimento com um amigo, o critiquei na frente de outros colegas ̶ confessa um jovem. ̶ Mas já pedi seu perdão, e fui desculpado.
̶ Muito bem, se desculpar é um grande passo ̶ conforta o padre. ̶ Mas, como penitência, gostaria que trouxesse um travesseiro de penas à igreja amanhã.
̶ Um travesseiro?! ̶ pergunta o garoto, confuso. ̶ Mas o que posso fazer com um travesseiro na igreja?
̶ Quero que suba na torre, aguarde o soprar do vento, rasgue o travesseiro e deixe que suas penas acompanhem a brisa. Em seguida, busque todas as penas e as traga para mim...
̶ Mas isso é impossível! Nunca vou conseguir recuperar todas as penas! ̶ diz o jovem, ainda mais assustado.
̶ Pois, assim são suas palavras, meu jovem. Ainda que tenha se desculpado com seu amigo, suas palavras, ainda agora, fluem de boca em boca. E, dificilmente, você poderá corrigir o que foi dito, já que é improvável que descubra quantas vezes suas palavras foram ouvidas e repetidas. Dessa forma, espero que esse exercício sirva para que seja mais atento para o poder que suas palavras podem ter...
Não por acaso, a civilização tolteca já pregava a impecabilidade da palavra como o principal (e o mais difícil) de quatro compromissos na construção do seu sonho pessoal do céu. É um pouco do que tento transmitir em "O meu son(h)eto". O poder da palavra é muito maior do que pode parecer. O que torna o silêncio igualmente poderoso...
Enfim, fica uma pergunta: Que palavras você espalha aos ventos?
Poeiraaa, poeiraaaa, poeiraaaa. Levantou poeira!!!
ResponderExcluirRespondida a sua pergunta, ô, sábio musculoso?
Não existe perdão?
ResponderExcluirEu até entendo o pensamento. Mas, se é certo que o perdão deve estar relacionado a correção de nossas falhas, acredito que a maioria dessas falhas seriam imperdoáveis, já que muitas não poderiam ser corrigidas. E seriam mesmo imperdoáveis (quando incorrigíveis)? Não me agrada pensar dessa forma.
ResponderExcluirPerdoar na verdade está mais para 'isentar de dívida ou culpa', ou seja, não é uma forma de corrigir o que já foi feito, pois isto é impossível.
ResponderExcluirGosto muito também dessas mensagens de reflexão, mesmo algumas sendo ligadas a religiões, acho que podem ser bem aproveitadas por nós. Gosto muito dessa aqui.
ResponderExcluirUm mestre do Oriente viu quando um escorpião estava se afogando e decidiu tirá-lo da água, mas quando o fez, o escorpião o picou. Pela reação de dor, o mestre o soltou e o animal caiu de novo na água e estava se afogando. O mestre tentou tirá-lo novamente e outra vez o animal o picou. Alguém que estava observando se aproximou do mestre e lhe disse:
-Desculpe-me mas você é teimoso! Não entende que todas as vezes que tentar tirá-lo da água ele irá picá-lo? O mestre respondeu:
-A natureza do escorpião é picar, e isto não vai mudar a minha, que é ajudar.
Então, com a ajuda de uma folha, o mestre tirou o escorpião da água e salvou sua vida.
Você viu isso no filme DÚVIDA!
ResponderExcluirFicou feliz que tem mais um comentário no seu blog, né??
ResponderExcluirSó pra dizer que isso é uma merda e que você não precisa ficar feliz por isso.
Agradeço a homenagem! O que me deixa feliz é que você tenha lido! hahahaha
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